O dia 02 de abril é dedicado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientizar as pessoas sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O respeito e a inclusão das pessoas do TEA autistas, faz parte de 4 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) instituído pela ONU:

ODS 3 -Saúde e Bem Estar: cujo objetivo é assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas e todos, em todas as idades
ODS 4- Educação de qualidade: que tem como objetivo é assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos
ODS 10- Redução das desigualdades: aqui o objetivo é Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles
ODS 16- Paz, justiça e instituições eficazes tendo como objetivo promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis

O Autismo é uma condição na qual a pessoa apresenta uma forma diferenciada de desenvolvimento neurológico e consequentemente de interação social, sensorial e de comunicação, que abrange uma variação de condições, cujas manifestações, variam em suporte, padrões e déficits, de pessoa para pessoa, (exemplo: alguns não respondem a estímulos sensoriais e outros têm respostas exageradas aos estímulos) compondo assim o Transtorno do Espectro Autista.

A face mais conhecida do TEA pelo público em geral são as dificuldades que os autistas demonstram na comunicação e na socialização, mas mesmo estes déficits possuem muitas variantes, e são de extrema importância para a melhoria na condição de vida do paciente e seus cuidadores, o diagnóstico precoce e as terapias com equipe multidisciplinar tais como: psicólogo(a); fonoaudiólogo(a); terapeuta ocupacional e o envolvimento familiar no processo.

Entre as opções terapêuticas destaca-se a Análise Comportamental Aplicada (ABA). Segundo a Psicóloga Naiane: a Análise do Comportamento Aplicada junto às metodologias que derivam dessa ciência, demonstram avanços significativos no desenvolvimento de habilidades essenciais para as crianças no espectro, assim como a diminuição de comportamentos excessivos ou barreiras de aprendizagem. Essa ciência possui marcante evidência científica na melhoria principalmente da qualidade de vida e autonomia da criança e pessoas no espectro. Por isso a importância da intervenção precoce, quanto mais cedo iniciar a intervenção, menores serão os déficits de atrasos no desenvolvimento, pois a ciência comprova que até os cinco anos de idade a criança apresenta maior neuroplasticidade cerebral, seria a chamada “janela de oportunidades” em que o cérebro mais demonstra conexões cerebrais para aprender habilidades novas. A intervenção muda o prognóstico de cada criança, podendo intervir e mudar níveis de suporte, diminuir os atrasos e potencializar as habilidades de cada indivíduo.

Geodiversidade, biodiversidade e neurodiversidade presentes no Geoparque Mundial da UNESCO Caminhos dos Cânions do Sul

Conteúdo elaborado por:

Rivaldo Raimundo da Silva: @biologorivaldo
biólogo, paleontólogo e pai de uma menina autista

Naiane Cardoso Ramos: @naianecardosopsicologa
psicóloga especialista em ABA e Autismo, terapeuta de intervenção precoce naturalista”