Cânion Pedra Branca

Geoparque

O que é um geoparque?

Geoparque é uma área com limites claramente definidos, onde sítios e paisagens de relevância geológica internacional, aliados aos outros bens naturais e culturais da região, são integrados em estratégias de desenvolvimento territorial que envolvem a conservação da natureza, a educação (formal e informal) e a promoção do desenvolvimento econômico, em especial através do turismo.

Com uma abordagem ascendente de parceria e gestão participativa, visa combinar conservação da natureza com os princípios do desenvolvimento sustentável envolvendo as comunidades locais.

Ao aumentar a conscientização sobre a importância de conservar e valorizar os sítios e paisagens que registram aspectos e estágios chave na história geológica da Terra (patrimônio geológico) e a diversidade histórica e cultural das populações que ali vivem, os geoparques contribuem com a sensação de orgulho da região e fortalecem a identificação das pessoas com este território.

Para a geração de oportunidades e melhoria das condições de vida das populações que habitam esta região, os geoparques devem estar sustentados nos seguintes princípios:

Forte envolvimento das comunidades

Compromisso dos gestores públicos

Colaboração dos empreendedores locais

Quais são benefícios para o território?

  • CONSERVAÇÃO do patrimônio geológico;
  • Promoção da PESQUISA CIENTÍFICA;
  • EDUCAÇÃO para a sustentabilidade;
  • Valorização do PATRIMÔNIO CULTURAL;
  • Desenvolvimento integrado do TURISMO;
  • Novas OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS;
  • Geração de EMPREGO e RENDA para a população local;
  • VISIBILIDADE e PROMOÇÃO da região;
  • DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL.

Histórico

A concepção de um projeto de Geoparque entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul começou a ser idealizada em 2007, por iniciativa do prefeito de Praia Grande (SC), na época, Sr. João José de Matos. A proposta envolvia seis municípios da região, sendo três de Santa Catarina e três do Rio Grande do Sul.

Já em 2009, o projeto Geoparque passou a ser liderado pela parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR), de Araranguá (SC) e Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (AMESC). Nessa época, o território do Projeto foi ampliado para 19 municípios.

Entre 2010 e 2011, aconteceram os primeiros estudos para iniciar o inventário dos geossítios pelo Serviço Geológico do Brasil (SBG-CPRM), através da Superintendência de Porto Alegre (RS).

Em 2014, com o amadurecimento do projeto, a área do Geoparque foi reduzida para os atuais sete municípios, como forma de direcionar os esforços para uma área núcleo.

Em abril de 2017, o processo avançou para a criação oficial do Consórcio Público Intermunicipal Caminhos dos Cânions do Sul, órgão responsável pela gestão do projeto, formado pelos sete municípios que compõem o território.

Em 2019, o Consórcio enviou à Unesco o dossiê oficializando o processo de candidatura. O projeto passou a ser considerado um Geoparque Aspirante, cumprindo uma série de procedimentos como o envio de relatórios e documentações específicas que demonstraram a relevância geológica da região, além de diversas evidências sobre a trajetória da proposta, a gestão e o envolvimento da população. 

Em novembro de 2021, o Geoparque recebeu dois representantes da UNESCO que percorreram todos os municípios do território, avaliando se o projeto cumpria os requisitos para o título, entre eles: visibilidade, atuação em rede com outros geoparques, estrutura de gestão, atividades educacionais, culturais e de pesquisa científica, além da relevância geológica. A avaliação foi positiva e recomendou o reconhecimento como um Geoparque Mundial, indicação que foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Geoparques da UNESCO e endossada pelo Conselho Executivo.

No dia 13 de abril de 2022, o Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul foi reconhecido oficialmente como Geoparque Mundial da UNESCO.

Geoparque Mundial da UNESCO

Iniciativa de sucesso internacional que surgiu no início do século XXI e que culminou, em 2015, com a criação de um novo título, o de Geoparque Mundial da UNESCO.

Reforça a importância de promover a conservação aliada ao desenvolvimento econômico sustentável de sítios e paisagens que registram aspectos e estágios chave na história geológica da Terra, nosso patrimônio geológico!

Os Geoparques Mundiais da UNESCO atuam em estreita colaboração com a Rede Global de Geoparques (em inglês, Global Geoparks Network – GGN), uma organização sem fins lucrativo e não-governamental que contribui no intercâmbio de experiências e cooperação entre seus membros.

A colaboração e networking é um componente importante, tanto para os geoparques aspirantes como para os Geoparques Mundiais da UNESCO. A Rede Global de Geoparques também promove cooperação em redes regionais, com destaque para a Rede de Geoparques Mundiais de UNESCO para América Latina e Caribe (Red GeoLAC).

Em 2025, existem 229 Geoparques Mundiais da UNESCO, distribuídos em 50 países. Deste total, 13 estão localizados na América Latina,  No Brasil encontram-se chancelados 06 Geoparques Mundiais da UNESCO: Araripe (CE) , Caminhos dos Cânions do Sul (RS/SC) e Seridó (RN), Caçapava (RS), Quarta Colônia (RS) e Uberaba (MG).

Mapa de distribuição dos Geoparques Mundiais da UNESCO.

Adaptado. Clique para ampliar.

Original em http://www.globalgeopark.org/

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